Os tempos mudaram, e hoje podemos perceber que o trabalho e o consumo, encontram-se descolados de nossas necessidades reais, profundas e vitais.
Por um lado a sociedade começou a exigir cada vez mais do trabalhador. O emprego para a imensa maioria se tornou uma obrigação penosa, que se realiza unicamente com fim de receber o salário no fim do mês, um valor que dificilmente atende todas as necessidades do cidadão.
Por outro, o mercado estimula o consumismo de uma maneira jamais vista em nossa história.
Sim, um trabalhador deve ser recompensado e valorizado, de modo que uma parte do seu salário possa ser gasta com lazer e consumos ligados a sua satisfação pessoal. Um profissional mais qualificado ganha mais dinheiro e amplia seu poder aquisitivo de bens materiais.
No entanto a mídia manipula a insatisfação das pessoas, influenciando direta ou indiretamente no seu comportamento social e pessoal, exibindo tendências, hábitos, moda, estilos e novas tecnologias, etc. O que leva o consumidor a necessidade de uma nova identidade e a estar sempre adquirindo novos produtos.
Ao mesmo tempo lutando nesta batalha em um mercado de trabalho cada vez mais difícil e competitivo, ocorre uma queda na qualidade de vida, por exemplo, devido a falta de tempo, começa-se a dormir cada vez menos, se alimentar pior, o que pode trazer sérias consequências para a saúde.
Este estado pode evoluir para estafa e cansaço excessivo do corpo e da mente, dores crônicas, distúrbios do sono, podendo chegar a um quadro mais grave de estresse e depressão.
Em relação ao consumismo desenfreado e desnecessário, apenas para mencionar uma de suas diversas consequências negativas:
A geração de uma quantidade sem paralelos de dejetos sem um destino adequado após o uso, o que pode apresentar grandes riscos ao meio ambiente e a nossa vida por meio da poluição e contaminação.
Para o ser humano, a compulsão consumista pode também resultar em problemas financeiros como o endividamento e a falência.
Estamos nos tornando cada vez mais exigentes e incapazes de ficarmos satisfeitos por muito tempo: Quando se satisfaz uma necessidade, outra logo surge em seguida.
Isto nos leva a importantes reflexões: O homem trabalha para viver ou vive para trabalhar? O que temos é o que realmente precisamos e que de fato queremos ter? Consumimos para viver ou vivemos para consumir?
Imagem: AFL e Fonte de Pesquisa: VidaConsumoeTrabalho, para ler mais artigos, visite: Mary Emily - Todos os Artigos